Antônio Abujamra entrevista o artista plástico Felipe Ehrenberg, ele revela que seu sonho sempre foi vir ao Brasil: “é um sonho que eu tinha desde que eu era bem novinho”. Felipe conta que seu primeiro contato com o Brasil, se deu através de seu mestre, José Chávez Morado, que o indicou como assistente do artista plástico brasileiro Emiliano di Cavalcanti.

Com forte atuação no movimento Fluxus, criado em Nova Iorque nos anos 1960, o artista fala sobre esse período “tem pessoas que me acusam de ter sido um provocador, mas eu acho que nunca pensei em provocar ninguém. Isso tem a ver com o tipo de produção que eu tenho, eu não sou artista, nem me considero artista, no sentido do cubo branco, do museu e a relação com o mercado globalizado da arte, não pertenço a esse mundo, eu estou mais perto de ser um tipo de clínica geral, eu desenho, gravo, pinto, faço escultura, performance, muitas coisas, porque o princípio que rege tudo que eu produzo é tentar me comunicar com o próximo imediatamente”.

Apontado como um neologista, Felipe Ehrenberg dá o significado da palavra: “o neologista necessariamente tem que se interessar por qualquer fato, e é bem melhor do que ser artista. E tem pessoas que acham que o neologista é como um médico, que cura alguma coisa, e eu até que gosto da ambiguidade dessa palavra”.

Abujamra lê Marcel Pagnol

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